Por Jean P
Conheço todo tipo de gente.
Conheço pessoas alegres, tristes, pessoas depressivas, pessoas avoadas, desleixadas, amigas, “santas”, mentirosas, verdadeiras, gente inteligente, gente que se acha inteligente, gente sábia, conheço gente ignorante e alguns outros tipos. Mas existe um tipo de gente que deve ser classificada à parte. São aquelas pessoas que não fazem nada além do que devem fazer ( certamente não me classifico nessas). Muitas vezes, fazer só que se deve fazer vem “a calhar”, mas vejo que na maioria do tempo precisamos e temos potencial para fazer mais do que temos que fazer. Essas pessoas são do tipo que vêem as coisas acontecendo, muitas vezes testemunham alguém se “afundando” em atitudes erradas, ou até mesmo “caminhando” para uma morte prematura por causa de drogas, ou por más companhias, por causa de escolhas erradas , ignorancia, alienação, estupidez ou por pura inexperiência e mesmo assim não fazem nada além do que tem que fazer; só olham.
Não tomam a atitude de sair do seu conforto ou do seu silêncio em prol de uma causa maior, ou seja: a vida de alguém. Muita coisa podia ser mudada se essas pessoas agissem as vezes pra mediar uma causa controversa entre colegas ou o entendimento errado de um amigo com outro sobre algum assunto que os afastou ou ajudar na construção de algo maior falando o que sente, se é que sente.
A pessoa se cala e por ai vai-se ficando calado, vendo tudo acontecer, passivo e com um leve sorrisinho no rosto que me diz: “ eu só faço o que tenho que fazer”, “eu não me meto”, “ ninguém me chamou no caso”, “cada um sabe de si”. Que a vida me livre desse tipo de gente, porque até as pessoas avoadas são melhores que essas; pelo menos elas nem sabem o que está acontecendo a sua volta.
Essas pessoas demoram a crescer na vida ou nem crescem. Não tem atitude de formular planos, não tem iniciativa de nada, vão e voltam para casa sem um propósito maior na existência, não formulam questões sobre nada, não mudam nada ao seu redor, não plantam nada, não colhem também. Alegram-se somente com o que vêem no mundo imediato, mas por dentro , na verdade, são vazias a ponto de serem tristes.
Como só fazem o que tem que fazer, nunca irão dar um passo inesperado na construção de uma vida ou na reconstrução de algo na vida de alguém. Pensando nesse tipo de gente; agradeço a Vida por alguns amigos que tenho e que não são assim. Esses poucos, tem atitudes tão valorosas que me ajudam a ver além do imediato, me ensinam e me mostram como moldar a minha vida segundo a transformação de mente para compreender e alcançar as coisas maiores desta vida . Ufa! . Ainda bem que existem essas pessoas, pois se eu contasse apenas com aquelas que “só fazem o que lhe é proposto para fazer” eu estaria “morto”, ainda num charco de lodo e com a fronte voltada para o chão , seguindo a multidão que se perde diariamente na escuridão do engano que tenta destruir as coisas sublimes da existência humana. Você que leu este texto pense se você não é um deste tipo (“só fazem o que lhe é proposto para fazer”) se for, refaça suas prioridades, mude de atitude, mude-se para crescer e ajude os outros a crescerem com você, saia do medo, saia da margem e faça a diferença onde você está. Saia deste comodismo e abra sua mente para a evolução da renovação que está na sua frente e vc nao quer ver.
Jean Portugal.
Ah, a piada final:
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