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segunda-feira, 20 de junho de 2011

A Oferta E A Procura (A Necessidade Embasada)

Por Marcio H.

Olá amigos do BdC!! Volto depois de um hiato, devido a eventos profissionais. Mas venho através deste post abrir um leque de um assunto interessante.
A espiritualidade parece ser algo tão fundamental quanto comer, dormir, procriar. Mas de onde vem essa necessidade? Qual a origem da espiritualidade?
Para que Deus? Esta não é uma pergunta hipócrita, mas analisemos, para que Deus!?

Simples: ele encerra uma dúvida que todos nós temos quando começamos a perder a inocência e começamos a ter noção da realidade. A dúvida de que falo é sobre o sentido da vida. Um sentido maior que explique tudo e que dê alguma razão para satisfazer as necessidades básicas. 
A maior diferença entre nós e os animais não é física: o ser humano é o único animal que tem noção de sua existência e por isso fundamenta em si as dúvidas sobre a vida. É, como diz meu amigo Jean, “metafísica”, aquilo que está além (meta, em grego) da realidade concreta (física). Essa diferença metafísica que nos faz entender porque precisamos de um deus para responder às questões fundamentais: “De onde eu vim? Para onde vou? O que eu faço aqui?”
As próprias dores da vida ajudam nessa direção. Quando a morte é iminente, ou quando um amigo, um ente indo ao possível outro lado, um caminho espiritual começa ali. Existe também aqueles que despertam essa espiritualidade através de um momento bom, através de um nascimento. Um olhar otimista diante do mar...
O fato é que, mais cedo ou mais tarde, esse anseio aparece.
Depois dessa espiritualidade encontrar contornos saudáveis e confortáveis existe ali a “paz espiritual”.
Mas o que percebo é um mar de pessoas perdidas na busca dessa “dádiva”. Existe uma gama de informações, um self-service de serviços espirituais que realmente se assemelham à este serviço gastronômico.
Onde encontrar a paz espiritual? Entre os cada vez mais numerosos evangélicos? Entre os interessantes budistas? Na religião onde fui criado? Judeu é legal também...  E se eu for taoísta?? E se eu for evangélico, que denominação seguir? Espírita é mais pra frente!??


Não estou brincando! O que eu conheço de falso crente, falso católico, falso espírita, falso sem religião...  um mestre tibetano chamado Sogyal Rinpoche disse o seguinte sobre essa anomalia: “A ideia moderna de que podemos manter todas as nossas opções sempre em aberto (era do consumismo internético) e de que nunca temos de nos comprometer com nada ou ninguém é uma das maiores e mais perigosas ilusões de nossa cultura e uma maneira efetiva de o ego sabotar nossa busca espiritual”.
Interessante. É isso mesmo.
O pior é que muitas dessas pessoas que não tem essa firmeza tenta ainda buscar outros para aumentar o clã, sendo que nem tem certeza daquilo que seguem.
Agora algo relevante nisso tudo são os valores que a busca espiritual nos traz. Por mais que eu aqui fale mal das religiões e do uso da fé imbecil, é inegável seus bons frutos. Se nossos pais foram judeus, cristãos, muçulmanos ou budistas nos passaram valores que, em termos espirituais, nos mostravam o que poderia e o que não poderia ser feito. Muitas vezes perdemos os valores conciliados à religião, mas eles estão lá e nós respeitamos mesmo acreditando ou não em ir pro inferno ou pro céu. A conduta moral que a busca espiritual traz.
Voltando ao cerne do post, tentemos ser menos esparsos e sejamos mais firmes e constantes, sem sermos fundamentalistas. Muitos “religiosos” nem estudam, e nem fazem uma auto análise de suas situações espirituais.
Lao-tsé, um sábio chinês que muitos de vocês conhecem, disse a mais ou menos 3000 anos: “Quem cava muitos poços rasos nunca vai conseguir extrair água de lençóis profundos.”
Diante da consciência da morte, da vida, das dores, dos “por quês”, é bom se perguntar “esse caminho é realmente o que estou procurando?”

A chave que abre todas essas portas é a pergunta...  pergunte-se, duvide-se e chegue numa conclusão. Não tenha pressa, pois o principal você já tem: a noção de você mesmo!! Mesmo que tudo passe de um algo sem sentido, mesmo que Jesus lhe receba no céu, mesmo que virgens o recebam, mesmo que você reencarne, mesmo que tudo se apague após sua morte, parafraseando meu pai (que me perguntou isso e fiquei sem palavras naquela época), você é feliz na sua busca!?
VOCÊ É FELIZ COM SUA VIDA!?



Marcio H


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