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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Insegurança Feminina.

Conheço uma pessoa que chora em finais de novelas, em finais de filmes vibrantes. Essa pessoa já chegou a chorar de raiva. Já chorou no fim da copa de 1994 e quando Senna ganhou o tricampeonato. Já chorou com uma música. Essa:


Já chorou com a morte de um vira-latas defendendo uma criança de um pitbull.

Em todas as vezes, o choro foi tímido, recluso, quase inexistente pra que ninguém percebesse. Já escondeu muito o choro, inclusive em várias vezes foi-se atribuída a essa pessoa uma “alma feminina” pela sensibilidade.

Essa pessoa sou eu.

Muitos me acham frio. Mas não sou.

Mas a afirmação de “alma feminina” pelo choro me fez pensar que nessa crítica há um “quê” de provocação, como se a insegurança, demonstrada em choro, fosse “coisa de mulher”. Mas não é. Confundem sensibilidade normal com o especial tipo de insegurança que as mulheres, por anos, cultivam, em prol de nada. Principalmente em relacionamentos amorosos.

“Por que você não me ligou!? Por que não diz que me ama!? Você não está com saudade de mim!? Por que você esquece de tantas coisas!? Não me ama mais!? Você nunca me amou, né!?”

Uma boa parcela das mulheres é assim. E muitas admitem que são. Quantas vezes se precisa falar de novo e de novo e de novo o que já se sabe!? Somente para se assegurar. Hoje eu percebo que as mulheres criam e cultivam essa carência, essa insegurança, que se alimenta de uma dúvida permanente em relação a tudo (“Será que ele me ama tanto quanto eu gosto dele!? Minha intuição não me engana!”). Cultivam essa insegurança como se a dúvida permanente trouxesse um certo conforto, uma estranha proteção. Muitas mulheres não se permitem viver tranqüilas, não se permitem viver, como se a calma e a certeza lhes deixassem mais fracas, mais vulneráveis.

”Por não acreditar em si mesma, a insegura tem a impressão de que, a qualquer momento, perderá o ser amado. A insegurança feminina tem origem no medo de não ser amada e pode afetar tragicamente a sua estrutura emocional. Por não se achar digna de amor, a mulher pode fazer tudo para conquistar pequenas provas de afeição e se transformar numa escrava.

Só que homem nenhum ama uma escrava, apenas a escraviza. Ela vai gastar todas as suas energias fazendo sacrifícios e as provas de amor não virão a contento. A mulher insegura põe em dúvida até a sua condição feminina. Pode achar o fato de ser mulher uma desvantagem e, assim, viver desconfortavelmente neste sexo. Vai tentar agir com a coragem dos homens, embora seja uma mulher frágil, insegura e carente. Não vai convencer nem a si mesma, muito menos ao seu objeto amoroso”.

Isso não faz sentido! Isso não faz bem ao amor, nem próprio, nem em um relacionamento. Ás vezes, essas mulheres estão sempre na defensiva, como um animal selvagem pronto a atacar e por estar sempre na defensiva, acaba, ferindo aos outros e se ferindo. Não estou exagerando, mas há um “quê” de desequilíbrio aí. Já conheci muita mulher que criou caso por nada. Por pura bobeira. Um atraso de vida, um atraso de momentos, um estresse inútil.

Não é errado querer ouvir um “eu te amo”, “estou com saudades”.

Mas as mulheres (e alguns homens também) deviam deixar essa insegurança de lado e não usá-la como arma de defesa a um ataque que nunca existiu, como se sempre falassem “Mãos ao alto! Mostre-me sempre seus sentimentos, agora!”

Chorar é bonito. Não é vergonhoso. Sinto-me bem por chorar. Ser sensível é legal, mas tem momentos que sê-lo não é útil.

Não é necessário ficar arrumando motivos idiotas para chorar e para reclamar. É preciso viver e não dar bola à própria insegurança.





Marcio H.



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